quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PMDB-LANÇA GARIBALDI


PMDB lança Garibaldi. É pra valer?



A bancada do PMDB no Senado reuniu-se nesta tarde e lançou a candidatura de Garibaldi Alves à presidência da Casa. A grande pergunta que fica é: “É pra valer”? Ou o partido poderá mudar a indicação até o fim de janeiro? Garibaldi disse que está confiante pois recebeu a indicação do PMDB e agora vai procurar os outros partidos.


O resultado da reunião da bancada supreendeu até os mais experientes. “Foi uma reunião muito quieta, pouca gente falou”, disse o senador Gerson Camata que, há alguns dias, deixou escapar seu apoio à candidatura de Tião Viana (PT).
Ele próprio, disse que não é possível a recandidatura de Garibaldi e apresentou um parecer do ministro do STF, Joaquim Barbosa, sustentando essa tese.
(O parecer de Joaquim Barbosa é antigo e sobre outro questionamento).

Os senadores que se pronunciaram durante a reunião fizeram questão de afirmar que o candidato preferencial era o senador José Sarney. Na reunião, Sarney insistiu que não vai aceitar o cargo. A ponto de sua filha, Roseana, cortá-lo:
Tu não disseste nada …
Há alguns dias, Roseana tem dito que se dependesse dela, Sarney aceitaria a missão de presidir o Senado.
A dúvida que ficou na cabeça dos senadores é: Garibaldi vai conseguir se viabilizar, uma vez que há o questionamento sobre a consistência jurídica de sua pretensão? O PT alega que não é possível a recandidatura pois, há dois anos, João Paulo Cunha pretendeu ser candidato à reeleição e houve até emenda constitucional nesse sentido - e que não foi aprovada. Garibaldi apresenta parecer jurídico a seu favor e observa que a Constituição fala que o eleito para mandato de dois anos não pode ser candidato para outro mandato.
E lembra que ele não foi eleito para mandato de dois anos e sim para mandato tampão.
Para muitos peemedebistas, Garibaldi estará só “esquentando a vaga para Sarney”, pois não conseguirá levar adiante a pretensão por conta da proibição constitucional.
Para outros, Garibaldi vai, aos poucos, construindo sua estrada para chegar lá.Como fez na substituição de Renan Calheiros. Pedro Simon, por exemplo, lembrou que, se Garibaldi for eleito nenhum tribunal irá destituí-lo da função.
Mas Sarney deixou a pulga atrás da orelha de um senador quando disse aos ouvidos dele: “Se o Serra disse que não e até assinou um documento e hoje é governador de São Pauo, por que eu não posso”?
Ficou a idéia de que ele não quer atravessar o sereno do mês de janeiro com a candidatura pendurada. Mas, de última hora, pode aceitar como missão.

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