sexta-feira, 10 de abril de 2009

GOVERNO PERDOA DÍVIDAS DE AGRICULTORES


Governo perdoa cerca de R$ 4,1 bi de agricultores inscritos em dívida ativa
Perdão consta na portaria 643, publicada no DO desta quarta-feira.Agricultores terão desconto para R$ 8,2 bi inscritos em dívida ativa.

Os agricultores que possuem, ao todo, R$ 8,2 bilhões inscritos em dívida ativa da União terão um perdão de cerca de metade destes débitos, ou seja, de R$ 4,1 bilhões, ao efetuarem o pagamento à vista, ou o parcelamento, de suas dívidas com desconto, informou nesta quarta-feira (8) o diretor do Departamento de Dívida Ativa da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Paulo Ricardo de Souza.


As regras para desconto constam na portaria 643, que foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Pela portaria, 49,2 mil agricultores com débitos inscritos em dívida ativa, ou seja, em processo de cobrança judicial, terão abatimentos que variam de 38% a 70% para pagamento à vista, e de 33% a 65% para parcelamentos em até dez anos de prazo. Tanto a liquidação, quanto o parcelamento, incluem dívidas consolidadas, inicialmente, até 29 de maio.
Se novas dívidas aparecerem após este prazo, o agricultor também poderã parcelá-las ou realizar a liquidação.
A opção pelo pagamento à vista deve ser feita até o fim de maio, no Banco do Brasil, e para o parcelamento até o fim de junho. Os pedidos podem ser feitos pelo telefone 4003 0494 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 880 0494 (demais localidades).
No parcelamento, segundo as regras da portaria, não há necessidade de apresentação de garantias. Porém, há incidência dos juros básicos da economia (taxa Selic), atualmente em 11,25% ao ano. O prazo máximo de parcelamento é de dez anos, e os pagamentos serão efetuados semestralmente ou anualmente, de acordo com o número de safras de cada agricultor. Se uma parcela não for paga, entretanto, o agricultor será excluído do parcelamento e a cobrança voltará para a dívida ativa da União.
O desconto, segundo a PGFN, varia de acordo com o valor do débito consolidado (após a incidência de juros e multas) de cada agricultor, informou a PGFN.

Para dívidas de até R$ 10 mil, por exemplo, o desconto, para pagamento à vista, é de 70% e, para o parcelamento em até dez anos, é de 65%.

Para dívidas de R$ 10 mil a R$ 50 mil, o desconto, para liquidação, é de 58% e, para parcelamento, de 53%. Sobre o valor da dívida, há, ainda, um redutor de R$ 1,2 mil.

Para débitos de R$ 50 mil a R$ 100 mil (68% do valor total e 79% do número de agricultores), o desconto, para pagamento à vista, é 48% e, para o parcelamento, é de 43%. Sobre este valor, há, também, um redutor de R$ 6,2 mil.

Já para as dívidas de R$ 100 mil a R$ 200 mil, o desconto, para liquidação, é de 41% e, para parcelamento, é de 36%. O redutor, neste caso, é de R$ 13,2 mil.

E, para as dívidas acima de R$ 200 mil, o desconto, para pagamento à vista, é de 38% e, no caso de parcelamento, é de 33%. O redutor, para estas dívidas, é de R$ 19,2 mil.

SITE NOVO DO DEPUTADO MENDES RIBEIRO

O site do deputado federal Mendes Ribeiro Filho ( www.mendesribeirofilho.com.br ) está de cara nova.
Com novo visual e design mais arrojado, a nova página tornou-se dinâmica e rápida para acesso e navegabilidade. Você poderá conferir as notícias atualizadas diariamente, o histórico da Vida Política, galeria de imagens, downloads de dispositivos legais e do jornal Fato, links para outras páginas e entrevistas em vídeo, entre outros recursos.
Você poderá ainda estabelecer contato com nosso escritório parlamentar em Porto Alegre através da janela “Fale com o Deputado.” Mande seu e-mail, navegue e confira o site .

MENDES RIBEIRO DEFENDE APOSENTADOS


Fim do Fator previdenciário é alternativa viável, analisa Mendes

Quem vibrou com a decisão do diretório regional do PMDB de fechar questão a favor do fim do fator previdenciário foi Mendes Ribeiro Filho (PMDB).
É dele, na Comissão Mista de Orçamento, a batalha pelo ganho real para aposentados e pensionistas do INSS. Na próxima semana haverá encontro entre osmparlamentares para encaminahr o tema.
O fim do fator previdenciário e a vinculação do reajuste dos benefícios previdenciários ao aumento do salário mínimo, ambos aprovados pelo Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados, farão com que as despesas da Previdência Social venham a corresponder, em 2050, a 20% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeções do Ministério da Previdência.
O Fator Previdenciário foi criado pela Lei 9.876/99 como alternativa de controle de gastos da Previdência Social, o qual guarda relação com a idade de aposentadoria ou tempo de contribuição e com a expectativa de sobrevida no momento de aposentadoria.
A finalidade de reduzir o valor dos benefícios previdenciários, no momento de sua concessão, de maneira inversamente proporcional à idade de aposentadoria do segurado.
Quanto menor a idade de aposentadoria, maior o redutor e conseqüentemente, menor o valor do benefício. Os elementos principais que interferem no cálculo do valor do benefício por meio do Fator Previdenciário são o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida.

PEDRO SIMON E O SENADO

Na contracorrente dos colegas, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) propõe um corte na cota de passagens aéreas dos parlamentares, com a redução para um bilhete ao mês. O peemedebista entende que essa medida ajudaria a aumentar os dias de trabalho em Brasília.

- Devíamos ganhar uma passagem só. Por que eu deixaria numa só? Porque com essa história de ter cinco passagens, você vai todo fim-de-semana viajar - diz Simon.
O debate se reacendeu com a denúncia de que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) recorreu a R$ 469 mil em recursos do Senado para fretar jatinhos entre 2005 e 2007.
Segundo a diretoria da Casa, houve "absoluto caráter de legalidade" no uso da cota. Jereissati possui um jato particular.

Simon comenta ainda a inviabilidade de criar uma "CPI das Empreiteiras" - por ele defendida na década de 90 -, com o objetivo de investigar as relações entre políticos e construtoras:

- É tanto nome, tanta gente que está sendo citada, que hoje nem o PT quer, nem o PSB, nem o PMDB quer (...) Com toda sinceridade, acho que só tem uma saída: é terminar os gastos de campanha. Campanha só pode ser dinheiro público.

Leia a entrevista:
- Como o senhor analisa esse conjunto de denúncias contra o Senado? Ele precisa repensar seu modelo de administração? Pedro Simon - Acho, com toda a sinceridade, que o Senado precisa fazer uma reavaliação geral, ampla, completa, caso a caso, e ver as alterações que precisam ser feitas.
Chegou o momento. O grande problema que eu vejo no Senado é que a gente assiste... E aí eu faço "mea culpa". Como a gente não é membro da mesa, não é líder, a gente fica tomando conhecimento das coisas, mas não há uma decisão coletiva. Por exemplo, decidiram fazer um túnel.
O plenário não tomou conhecimento. Decidiram fazer um anexo. O plenário não tomou conhecimento. Aumentaram as diretorias para não sei quanto. O plenário não tomou conhecimento.

Só pelos jornais?É preciso fazer um balanço geral, ponto por ponto, ver o que deve ser feito, como deve ser modificado, e ter coragem de fazer.

Com o quadro atual do Senado, há mobilização para isso?Se ficar só no Senado, não há. Mas se a imprensa ficar fazendo isso que está fazendo - e acho que está fazendo bem, de cobrar, cobrar, cobrar... -, vai nos obrigar a fazer isso. Tenho ido para a tribuna em mais de uma oportunidade, e pretendo ir semana que vem, cobrando isso. É uma omissão geral. Até eu, bato no peito. A gente fica olhando, as coisas acontecem, a gente lamenta... Pela omissão, nós somos responsáveis. Então, precisamos fazer um estudo geral, é absolutamente necessário.

E no caso específico do jatinho fretado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), pago com verba da Casa?Em primeiro lugar, eu defendo a tese de que nós não devemos ganhar cinco passagens por mês. Devíamos ganhar uma passagem só. Por que eu deixaria numa só? Porque com essa história de ter cinco passagens, você vai todo fim-de-semana viajar.
Com isso de o Senado se reunir em terça, quarta e quinta (terça, de tarde, quarta o dia inteiro e quinta, de manhã), nós passamos 1/3 (do tempo) no Senado, 1/3 no avião e 1/3 em nosso Estado. A gente devia fazer com que o Senado funcionasse ininterruptamente.

O senhor acha que há exagero nas críticas aos gastos dos senadores com celulares? Em média, R$ 6 mil por mês?Se não tem controle, é difícil fazer a coisa. Eu tenho um telefone. Esse telefone eu uso o tempo todo e é pago pelo Senado. Agora, com toda a sinceridade, não acho errado isso. Uma passagem por mês, o livro que no fim do ano eu publico, com todos os discursos que eu faço, o apartamento em que moro... Se eu fosse morar em outro apartamento, eu ia pagar R$ 4 mil. Quer dizer, eu acho que isso é normal, não veja nada errado.

É o custo fundamental para a atividade parlamentar?Exatamente. Mas eu não aceito a verba de representação. Essa não aceito. Nomear funcionário aqui, convidar alguém pra jantar, essas coisas não. Temos que ganhar um salário justo.

O senhor defendeu, em 1995, uma CPI das Empreiteiras, para investigar casos de corrupção. Agora volta a ter chance?Acho muito difícil... Hoje é mais difícil do que antes. É tanto nome, tanta gente que está sendo citada, que hoje nem o PT quer, nem o PSB, nem o PMDB quer. Com toda sinceridade, acho que só tem uma saída: é terminar os gastos de campanha.
Campanha só pode ser dinheiro público. Só gasto público de campanha. Então, não tem essa história da empreiteira ou do banco dar tanto pra um e pra outro. Por que um empreiteiro vai dar dinheiro pra fazer campanha política? Por que um banco vai dar dinheiro pra fazer campanha política? Dá pra um e não dá pra outro? Tem que ser como na Alemanha: só verba pública de campanha.
É a forma de solucionar. Senão, pode fazer CPI, pode fazer o diabo, e eles vão dar, vão continuar dando. E é dando que se recebe... Dão aqui e lá no negócio eles tiram o dinheiro que eles querem.

sábado, 14 de março de 2009

POLÍTICA X POLÍTICA !!

Este é um tema bastante difícil e profundo para ser tratado com rapidez.
Vivemos hoje em um momento em que a política é questionada, pois, ela é sistematicamente confundida com as ações dos políticos profissionais, principalmente, pelos maus políticos.

O que é política? É o título de um livro contendo a idéia de política da pensadora e filosofa alemã Hannah Arendt.
Na verdade são fragmentos de sua obra publicados postumamente. Hannah Arendt é considerada uma das maiores pensadoras desde século e seu trabalho sobre as Origens do Totalitarismo é considerado uma obra clássica e definitiva sobre o assunto.
Além disso, é uma das maiores autoridades em relação ao estudo da política na Grécia e Roma antiga. Por isso, recomendamos a leitura desta autora. Alertamos que Hannah Arendt não é uma leitura fácil, mas é imprescindível para entendermos melhor o assunto.

Vejamos, então, como ela discute a questão:

Para Hannah Arendt "O sentido da política é a liberdade". Segundo ela, a idéia de política e de coisa pública surge pela primeira vez na polis grega considerada o berço da democracia.
O conceito de política que conhecemos nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à idéia de liberdade que para o grego era a própria razão de viver.

Utilizando o conceito grego de política é que Arendt nos diz que "A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais.
Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político.
O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação desse no poder. Porém, Arendt, judia, que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, acreditava na ação do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável".

Vejamos o que diz Hannah Arendt: "A política, assim aprendemos, é algo como uma necessidade imperiosa para a vida humana e, na verdade, tanto para a vida do indivíduo maior para a sociedade.
Como o homem não é autárquico, porém depende de outros em sua existência, precisa haver um provimento da vida relativo a todos, sem o qual não seria possível justamente o convívio.
Tarefa e objetivo da política é a garantia da vida no sentido mais amplo" (grifo meu). Para ela, a tarefa da política esta diretamente relacionada com a grande aspiração do homem moderno: a busca da felicidade.

Não é fácil discutir a questão da política nos dias de hoje. Estamos carregados de desconfianças em relação aos homens do poder. Porém, o homem é um ser assencialmente político. Todas as nossa ações são políticas e motivadas por decisões ideológicas. Tudo que fazemos na vida tem conseqüências e somos responsáveis por nossas ações. A omissão, em qualquer aspecto da vida, significa deixar que os outros escolham por nós.

Nossa ação política está presente em todos os momentos da vida, seja nos aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrante da cidade, pertencemos a um Estado e País, influímos em tudo o que acontece em nossa volta.
Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar com voluntário em uma causa em que acreditamos.
Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer melhor propostas, discursos e ações dos políticos que nos representam.

Não podemos confundir que política é simplesmente o ato de votar. Estamos fazendo política como tomamos atitudes em nosso trabalho, quando estamos conversando em uma mesa de bar ou quando estamos bebendo uma cervejinha após uma "pelada" de futebol.
Estamos fazendo política quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos indignamos ao vermos nossas crianças fora das escolas sendo massacradas nas ruas ou nas "Febens" da vida. Conhecemos o Estatuto da Criança e do Adolescente? Ou o Código do Consumidor, a nossa Constituição, nem pensar e grande demais. E que dizer das leis transito que estamos a todo o momento desrespeitando?

A política está presente quotidianamente em nossas vidas: na luta das mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado com de milhões de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores sem terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias por uma sociedade inclusiva que se somarmos constituem a maioria da população.
Atitudes e omissões fazem parte de nossa ação política perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente democrática e para todos.

SEXO NO BANHEIRO !!!!!


Professores pedem demissão após serem pegos fazendo sexo no banheiro.

Professores britânicos não quiseram comentar o suposto caso de sexo.Faculdade encerrou a investigação interna após a saída dos professores.


Dois professores teriam sido flagrados fazendo sexo na faculdade de Carshalton, no Reino Unido.

Dois professores britânicos pediram demissão após terem sido supostamente flagrados por um estudante fazendo sexo no banheiro do "Carshalton College" em Surrey, no Reino Unido, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (13) pelo jornal inglês "Daily Mail".

De acordo com o periódico, John Waite, de 43 anos, professor de comunicação e design, e Tracey Andrews, professora de administração pública, teriam sido pegos com a "mão na botija" quando um adolescente entrou no banheiro.


O incidente aconteceu após uma premiação em dezembro. Após a direção da faculdade tomar conhecimento do caso, os dois professores foram suspensos de suas funções e foi aberto uma investigação interna para apurar o caso.

"Eu imediatamente ordenei uma investigação preliminar sobre os dois funcionários", disse o responsável pelo Carshalton College, David Watkins, após ter tomado conhecimento sobre o suposto ato sexual envolvendo os dois professores.

Segundo Watkins, a faculdade encerrou seu inquérito interno sobre as acusações que foram feitas contra os dois membros, uma vez que John Waite e Tracey Andrews deixaram o estabelecimento. Waite confirmou que deixou a faculdade, mas se recusou a comentar o suposto caso.

"Não vou falar nada sobre isso", afirmou ele. O Carshalton College tem 4.300 estudantes. Desse total, 1,5 mil estudam em tempo integral, com idades entre 16 e 18 anos.

quinta-feira, 5 de março de 2009

RÁDIOS COMUNITÁRIAS


Emissoras servem como porta-voz da comunidade e melhoram a qualidade de vida da população O ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez um apelo a todos os vereadores do Brasil para que divulguem a importância das rádios comunitárias em seus municípios.
Durante o Encontro Nacional dos Vereadores do Brasil, nesta quarta-feira (11/02), o ministro lembrou que o objetivo principal dessas emissoras é servir à população.
“Todo mundo pode ter uma rádio comunitária em sua comunidade. Mas a lei é clara: é uma rádio para a comunidade; não é a rádio do proselitismo político nem religioso” , destacou o ministro.
Desde que assumiu o Ministério das Comunicações, Hélio Costa vem trabalhando para que todos os municípios tenham sua emissora. Já foram abertas inscrições em 99,86% deles e, atualmente, há cerca de 4 mil emissoras legalizadas.
Para saber como montar uma rádio comunitária, basta acessar a página do ministério na internet (www.mc.gov.br). Estão disponíveis cartilhas e manuais de orientação, além de todos os formulários que devem ser preenchidos.
“Siga este caminho e você vai conseguir legalmente colocar a sua emissora no ar”, recomendou Hélio Costa.

LIDER DO -PSDB PEDE CASSAÇÃO DO MANDATO DE LUCIANA GENRO


Líder do PSDB pede cassação do mandato de Luciana Genro

Deputada do PSOL tem feito denúncias contra governadora tucana do RS.Corregedor da Câmara deverá emitir parecer sobre pedido.


A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) Incomodado com as denúncias contra a governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), decidiu pedir a cassação do mandato da deputada Luciana Genro (PSOL-RS).

A deputada, em entrevista e em discurso no plenário da Câmara, tem denunciado suposta prática de caixa dois na campanha do PSDB ao governo gaúcho, em 2006, e envolvimento da governadora Yeda Crusius em suposto caso de corrupção no Detran.

Aníbal protocolou uma representação contra Luciana Genro na Mesa da Câmara. Ele alega que a deputada está abusando das prerrogativas parlamentares asseguradas na Constituição, ao denunciar a governadora tucana sem apresentar provas.
"A deputada pode encaminhar pedido de investigação quando há suspeitas de ilegalidade, pode denunciar com as respectivas provas, mas não pode acusar sem provas", afirma o líder, no pedido de abertura de processo contra a deputada.

"Ela está acusando a governadora a partir de supostas provas que instruiriam inquéritos e processos judiciais em andamento e sob segredo de Justiça", afirmou Aníbal, classificando a atitude de Luciana Genro de "leviandade gravíssima" e "absolutamente irresponsável".

Sem sigilo
A deputada afirmou que as provas das supostas irregularidades estão de posse do Ministério Público e que solicitou também que a Polícia Federal participe das investigações.

"Se a governadora está sendo caluniada pelo PSOL, por que, na condição de maior interessada, não pede ao Ministério Público Federal que abra o sigilo desse processo?", questionou Luciana Genro. "Não tememos. Mostraremos que o que chamam hoje de evidências se constituem em provas reais de corrupção", acrescentou.

Pelas regras da Câmara, o pedido do PSDB será encaminhado ao corregedor da Casa, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), para elaborar um parecer sobre a procedência ou não da representação. O parecer é submetido aos demais integrantes da Mesa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

CAMPANHA CONTRA YEDA

Subprocurador-geral de Justiça diz que houve um fato ilícito.


Por isso, primeira medida da Instituição foi tratar de cessar a campanha Os outdoors que estampam o rosto da governadora Yeda Crusius e divulgam a frase “Essa é a face da destruição do RS” pelas ruas de Porto Alegre, estão sendo cobertos com um fundo branco.
Tanto a empresa autora da campanha como a que fixou os cartazes receberam uma recomendação do Ministério Público.
A orientação é pela cessação da campanha. Ela é bancada por 10 sindicatos do funcionalismo público e alvo de uma representação criminal movida pela Governadora do Estado.
No final da tarde desta sexta-feira, 13, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Eduardo de Lima Veiga, esclareceu à Imprensa a medida tomada pelo Ministério Público gaúcho após receber a representação da Governadora.
Lima Veiga frisou que, a princípio, a campanha “é no mínimo injuriosa”. Ele adiantou que a partir de segunda-feira será analisado todo o conteúdo da campanha para “ver se o crime aconteceu ou não”.
Desde o começo do mês, centenas de painéis foram espalhados em pontos da Capital. A publicidade trazia um rosto desfocado com frases que faziam menção à corrupção. O material começou a ser substituído pelos cartazes com o rosto de Yeda. A revelação sobre a campanha foi feita na quinta-feira.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

MICHEL TEMER PEDE APOIO DA POLICIA FEDERAL


Temer pede proteção da PF para deputado do PT ameaçado de morte.

Presidente da Câmara pediu auxílio ao Ministério da Justiça.Luiz Couto (PT-PB) diz sofrer ameaças por combater o crime organizado.

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), pediu ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal dê proteção ao deputado Luiz Couto ( PT-PB), que vem sofrendo ameaças de morte.
O parlamentar contava com segurança da PF até julho, mas a proteção foi retirada porque havia um entendimento de que a segurança deveria ser realizada pela Polícia Legislativa.
O pedido de proteção para o deputado foi feito a Temer pela bancada do PT na Câmara.
O deputado diz que vem recebendo seguidas ameaças por seu trabalho na Comissão de Direitos Humanos da Casa no combate ao crime organizado.
“Sofri ameaças por telefone, meu carro foi seguido e já recebi vários recados de que ria acontecer”
Couto diz que a mãe de Mattos teria afirmado a um delegado que o deputado federal poderia ser o próximo a ser assassinado.
Couto afirma que trabalha no combate ao narcotráfico, aos grupos de extermínio e ao crime organizado desde 1996 e que as ameaças são constantes.
Ele reclama de falta de apoio do governo do estado nestas investigações. “O governo do estado nega que haja crime organizado aqui, por isso eles não investigam como deveriam”.
Apesar do pedido de apoio da PF, o deputado acredita que a sua segurança só estará garantida quando forem revelados e presos os assassinos de Mattos.
“A maior segurança que eu posso ter é a investigação profunda deste crime e a punição dos culpados. É preciso dar um basta”. O deputado ainda não conta com a proteção da PF.

ENCONTRO É QUESTIONADO !!!


Planalto contesta denúncia da oposição sobre encontro de prefeitos.


Oposição pede investigação de gastos e diz que evento foi eleitoreiro.Evento custou R$ 189,9 mil e tratou ministros de forma igual, diz Planalto.

O Palácio do Planalto apresentou nesta sexta-feira (13) um balanço "técnico" para contestar denúncia da oposição de que o Encontro Nacional dos Prefeitos, realizado nesta semana, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, teve finalidade eleitoreira.
A defesa segue a linha da reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em discursos nesta manhã reclamaram da decisão do DEM e do PSDB de entrar com ações no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em entrevista na tarde desta sexta, o subchefe de assuntos federativos adjunto, Olavo Noleto, disse que o governo trabalhou durante um ano e meio em parceria com o TCU e até de representantes do DEM na realização do encontro.
O assessor afirmou que o Planalto mobilizou uma série de autoridades municipais e estaduais de todos os partidos para elaborar as cartilhas e programas apresentados durante o evento para ajudar prefeitos a melhorar a administração municipal.
Noleto disse que "todos" os ministros do governo foram tratados pela organização de forma igual, negando que o objetivo principal do evento era o de promover a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência em 2010.
"É legítimo que vocês deem mais visibilidade para um ministro ou uma ministra", disse, referindo-se à imprensa.
"Tivemos todos os ministros participando do evento, todos praticamente com o mesmo modelo, o mesmo formato que um ministro falou, os outros falaram". O subchefe de assuntos federativos disse considerar "legítimo" que os partidos oposicionistas façam críticas.
"É legítimo que o mundo político repercuta, reaja a isso", disse. "Mas eles (oposicionistas) que me desculpem, isso chega a ser ridículo." Depois, ele apresentou uma série de ações e cartilhas que foram divulgadas no evento para ajudar nas gestões municipais. "Queremos que os prefeitos do DEM também utilizem essas cartilhas."

Dados do balanço apresentado por Noleto mostram que o evento custou R$ 189.999 e mobilizou 15.100 pessoas, sendo 5.300 prefeitos e prefeitas. Apenas 264 prefeitos do País não assinaram a lista de presença, segundo o assessor da Presidência.
Noleto afirmou que não fez um balanço de quantos prefeitos do DEM ou do PSDB participaram. "A gente não fez esse recorte", disse.

Ele defendeu o setor de Assuntos Federativos do Planalto, que organizou o evento.
"A área não faz política pequena, faz política de Estado, faz política institucional", ressaltou. Noleto também comentou sobre uma tenda montada na parte de fora do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que vendeu fotomontagem instantânea. Prefeitos e assessores podiam comprar um retrato em que apareciam ao lado da ministra Dilma Rousseff e do presidente Lula. O assessor disse que os proprietários da tenda armaram o negócio dentro do Centro de Convenções, mas foram retirados do local. "Fora do Centro de Convenções, qualquer negócio não é problema nosso."
SECRETARIA DOS TRASPORTES REALIZA REFORMA DAS PONTES NO INTERIOR .


O secretario dos trasportes Varlei Magalhães em parceria com agricultores do interior do município recuperam pontes para dar sustentação a colheita que se aproxima , o secretario varlei Magalhães já esta analisando e buscando soluções definitivas para para as questões das pontes pois entende que é de suma importância já que nosso município tem sua base na agricultura , no projeto de trabalho do secretario utilizando a sistemática de mutirão teremos resultados mais rápidos e permanentes.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

OS GRUPOS

Assim como o PT tem suas tendências, já amplamente conhecidas - o Construindo um novo Brasil, que sucede o Campo Majoritário, o Novos Rumos, que agora chega à liderança na Câmara, com Cândido Vacarezza, e Mensagem ao Partido, de onde Tarso Genro mira no grupo de José Dirceu, o PSDB também tem seus grupos.
Mas não são ideológicos, são regionais: o paulista e o mineiro.

Se um cargo é dado a um mineiro, portanto, ligado a Aécio Neves; outro é imediatamente reivindicado pelos paulistas, para agraciar José Serra. Em outros tempos, havia uma divisão entre serristas e tassistas - dos ligados a Serra e dos ligados a Tasso Jereissati. Agora, a disputa está entre Serra e Aécio.

Mas, dessa vez, a recondução de José Aníbal para a liderança na Câmara não uniu os paulistas. Havia outros na fila, como Paulo Renato e Emanuel Fernandes.

O PMDB, vale lembrar, também tem suas divisões. Hoje, há certa disputa entre o PMDB da Câmara e o PMDB do Senado, cada qual querendo ser o melhor amigo do presidente Lula. Na verdade, o PMDB é formado pelo PMDB de São Paulo; o da Bahia; o do Pará; o de Minas; o de Alagoas, e assim por diante. Mas, assim como a família napolitana se une diante do panetone do Natal, os peemdebistas se unem para apoiar um governo.

BASTIDORES

CURIOSIDADES…


Para quem gostou e para quem não gostou do resultado das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, na segunda-feira, algumas informações:

1. Deve ser efetivada a criação da chamada Liderança da Minoria no Congresso - o que significa um cargo a mais para a oposição. Com este status de líder, o parlamentar ganha um carro oficial (se for senador, ele já tem esse carro), gabinete e muitos e muitos funcionários.
O nome mais falado para ele é o do senador Efraim Moraes (DEM-PB), que já foi primeiro-secretário do Senado, cargo cobiçadíssimo.
Por onde passam as licitações e existem muitas vagas. Ele próprio nomeou vários parentes, mas com a lei do nepotismo, foi obrigado a demitir.

A saber: o cargo foi criado em abril do ano passado, por projeto do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), mas nunca foi preenchido. Ele diz que só aceitou criar tal cargo para a minoria porque a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA) pediu a criação de mais vagas de vice-líder para sua liderança.

2. Michel Temer disse em entrevista coletiva que as atividades dos parlamentares em seus Estados devem receber cobertura da TV Câmara. Será que vão contratar 513 equipes de televisão. Muito bom para o mercado de trabalho de jornalistas, mas incompatível com a realidade.

A propósito, os meios de comunicação do Legislativo - TV Câmara e Rádio Câmara, TV Senado e Rádio Senado - acompanham as atividades legislativas de seus presidentes. Às vezes, passam da conta. A Rádio Senado anunciava, até domingo passado, assim: “Em Brasília, 18 horas. Em Natal, 17 horas”. Natal é a terra do presidente do Senado até então, Garibaldi Alves. Agora, o Brasil vai conhecer o fuso horário de Macapá, capital do Estado por onde José Sarney se elegeu.

3. Ficou claro na composição da Mesa da Câmara a força dos deputados que já integraram o Conselho de Ética, mas não se apresentaram como algozes dos colegas. Edmar Moreira, por exemplo, foi eleito corregedor-geral, derrotando o correligionário Vic Pires (PA), indicado oficial do partido. Vic participou de CPIs ativamente e Edmar Moreira, no Conselho de Ética votou contra a cassação de mandato de seis colegas.

Na disputa pela segunda-secretaria, o deputado José Carlos Araújo - no segundo mandato de deputado federal, mas tendo cumprido vários mandatos de deputado estadual na Bahia - conseguiu apoios necessários para levar para o segundo turno o experiente Inocêncio Oliveira. Ambos são do PR. No segundo turno, Inocêncio venceu, mas Araújo mostrou sua força. Ele foi o segundo relator do processo contra o deputado Paulo Pereira da Silva, aquele que absolveu o deputado sindicalista.

4. As negociações entre os partidos para a divisão das comissões técnicas do Senado emperraram. A disputa está muito grande. Enquanto candidato, José Sarney ofereceu ao PSDB a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos para o senador Tasso Jereissati. Como o PSDB foi para o PT, o convite foi retirado - o que é absolutamente natural. Para o cargo deve ser indicado Garibaldi Alves. E para a Comissão de Relações Exteriores, a escolha seria do PSDB pela ordem de tamanho das bancadas. Mas Renan Calheiros, líder do PMDB, tem acordo para entregar a CRE a Fernando Collor, na cota do PTB. Acordo feito com o líder Gim Argelo (DF).

5. A quarta-secretaria do Senado está sendo disputada pelo PDT e pelo PR. O PDT tem cinco senadores e o PR quatro, mas pode chegar a cinco se o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assumir sua vaga só para esta eleição. A vaga na Mesa, então, seria do PDT. Mas foi o PR que apoiou Sarney na disputa pela presidência do Senado. O PDT ficou com Tião Viana (PT-AC). O discurso firme de Cristóvam Buarque irritou os vitoriosos que, agora, não querem abrir espaço ao partido dele na Mesa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

LULA E PMDB A PARCERIA QUE DEU CERTO

LULA e PMDB, A PARCERIA QUE DEU CERTO


No período de seis anos de governo Lula, o PMDB transitou da condição de aliado tímido para a condição de parceiro preferencial do PT e chega, agora, à presidência da Câmara e do Senado - espaço que havia perdido há mais de uma década. Ao longo do governo Lula, o partido foi conquistando mais espaço.
Em 2003, sua presença no governo foi rejeitada pelo presidente. Agora, ele comanda seis ministérios e ganha força extra com a hegemonia no Legislativo. E passa a ser “a noiva cobiçada” para 2010.
É certo que com mais força política, o exigente PMDB vai cobrar mais do governo. “Tirando o cargo do Lula, o resto todo o PMDB vai pedir”, brincou um dirigente do PT, invocando o que os políticos chamam de voracidade do PMDB por cargos no governo.
O presidente Lula retribuiu o apoio do PMDB e abriu-lhe a avenida para reconquistar espaços que perdeu ao longo dos últimos anos.
O tempo mostrou que a estratégia do PMDB foi correta e, particularmente, a de se aproximar do presidente Lula. O governo petista, em busca de maioria no Congresso, atraiu o PMDB, deu-lhe espaço e, agora, o partido colhe os frutos.
Em primeiro lugar, nas urnas, como aconteceu na eleição municipal do ano passado, da qual saiu como o partido com o maior número de prefeituras; agora, chega à presidência das duas Casas no Legislativo.
O presidente deu espaço em excesso para o PMDB - , avaliam petistas que não se conformam com o partido que, além da presidência da Câmara acabou disputando a do Senado, e venceu com José Sarney.
Lula se diz satisfeito com o apoio do PMDB no Congresso, mas não tem disposição de abrir mais espaço ao partido no Executivo.
Ele reserva a vaga de candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff para o PMDB. Mas esta é outra conversa. O partido fica dividido quando o assunto é 2010: uma parte, já se antecipa abertamente no apoio ao PT, como é o caso de José Sarney e seu grupo.
Outra ala prefere esperar para saber lá na frente, quem despontará na disputa. Mesmo que chegue dividido em 2010, o PMDB conseguirá passagem para o próximo governo. Qualquer que seja o eleito, será obrigado a estender o tapete vermelho para o ingresso do partido que hoje tem a maior bancada na Câmara, a maior no Senado, o maior número de prefeitos, de prefeitos de capitais e de governadores de estado.

PT QUER APOIO DO PMDB EM 2010

PT CUMPRIU ACORDO E QUER APOIO DO PMDB EM 2010

Direto de Brasília

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), disse que o PT conduziu bem o processo de sucessão nas duas Casas Legislativas e buscará o apoio do PMDB para uma possível candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
"Nós tínhamos um compromisso com o PMDB dentro da Câmara Federal e nós o cumprimos.
Isso dá estabilidade para aliança entre os partidos que sustentam o governo Lula", afirmou Fontana.
"E, agora, nosso papel é buscar também o diálogo com outros partidos para trabalhar a possibilidade de apoio na sucessão presidencial."

O deputado Michel Temer (PMDB-SP) foi eleito presidente da Casa após votação iniciada nesta tarde. Assim, o PMDB liderará, no biênio 2009/2010, as duas Casas Legislativas: mais cedo, José Sarney foi eleito presidente do Senado.

Um acordo entre os maiores partidos do Congresso previa que o PMDB indicasse o nome do deputado Michel Temer para a presidência da Câmara, ao passo que o PT apontaria Tião Viana (PT-AC) como candidato único para o comando do Senado. A situação se reverteu após o então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), ter anunciado que concorreria à reeleição, ainda que na mesma legislatura, o que abriu espaço para que o senador e ex-presidente José Sarney costurasse apoio para também se lançar como postulante ao cargo. Com a confirmação de Sarney na disputa, Garibaldi deixou a briga pelo posto.

Fontana disse ainda que vai trabalhar para restabelecer a parceria com o PCdoB e o PSB, partidos que saíram derrotados das eleições de hoje para a presidência da Casa. "Eles são aliados históricos do presidente Lula e do PT. Queremos manter essa aliança, porque é estratégica para a sucessão do governo Lula", disse.

Na avaliação de José Aníbal, líder dos tucanos na Câmara, não apenas o PSDB, mas todos os partidos que terão candidatos em 2010 buscarão o apoio do PMDB.

A liderança do PT ainda não definiu seu interesse para as presidências das comissões permanentes da Câmara, mas ressalta que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Fiscalização e Tributação são importantes e agradariam ao partido.

sábado, 31 de janeiro de 2009

PMDB PODE REPETIR DOBRADINHA



PMDB PODE REPETIR DOBRADINHA NO CONGRESSO 22 ANOS DEPOIS




Se o PMDB vencer a corrida pelas presidências do Senado e da Câmara, na próxima segunda-feira, será a segunda vez na história que um partido comanda os dois parlamentos do Congresso Nacional. A primeira foi a partir de 1987, com o próprio PMDB, quando o deputado paulista Ulysses Guimarães presidiu a Câmara, e o paraibano Humberto Lucena, o Senado. Nos bastidores de Brasília, são dadas como certas as vitórias do ex-presidente José Sarney (AP) e do deputado Michel Temer (SP) nas eleições desta segunda-feita.

A predominância peemedebista no fim da década de 80 tinha como explicação o momento histórico. Com o fim dos anos de chumbo e início da redemocratização do Brasil, os dois maiores partidos políticos eram a Arena, pró-regime militar, e o PMDB, de oposição. Em 2009, a possibilidade da coincidência peemedebista tem outra explicação.O PMDB, inicialmente, anunciou apoio à candidatura do senador petista Tião Viana (AC) na disputa pelo Senado mas, há uma semana, lançou o nome de José Sarney (AP).

Na Câmara, a situação é mais tranqüila para o partido, com o peemedebista Michel Temer (SP) como favorito. Além dele, também concorrem à presidência da Casa Ciro Nogueira (PP-PI), Aldo Rebelo (PcdoB-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR). O governo diz que não se intrometerá em nenhuma das disputas.

Há quem veja a cautela do Planalto como uma tentativa de não azedar relações nem com o PMDB e nem com o PT. "O governo quis se retirar porque ficaria difícil justificar o apoio a qualquer candidato, já que os dois são da base aliada", avalia o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN). Viana evitou comentar a posição de neutralidade do governo. "Não vou julgar, deixa o tempo responder às conseqüências", disse o petista. O candidato José Sarney não foi encontrado pela reportagem.

Para o presidente nacional do PDT e líder do partido na Câmara, Vieira da Cunha (RS), "não é aconselhável" tal concentração de poder nas mãos de uma única legenda. O PDT declarou apoio a Tião Viana. Segundo Vieira, o presidente Lula não deve ter dificuldades em governar em caso de eventual vitória do PMDB, partido que integra a base governista.

Integrantes da base aliada vêem o dedo de Renan Calheiros (AL) no lançamento repentino da candidatura de Sarney. O senador alagoano renunciou em 2007 à presidência do Senado, desgastado pelos processos a que respondia no Conselho de Ética da Casa, e para escapar da cassação de seu mandato. Calheiros foi sucedido por Garibaldi no comando do Senado. A eleição de Sarney seria vista por Renan como um bom sinal para a situação de seus processos na Casa, já que o alagoano vê no maranhense um aliado.

Apoio parcialA bancada do PSDB no Senado anunciou apoio à candidatura de Viana na noite de quinta-feira, e viu-se desautorizada poucas horas depois. O senador tucano Papaléo Paes (AP) comunicou ao líder da bancada, Arthur Virgílio Neto (AM), seu apoio a Sarney. Papaléo revelou ainda que pelo menos outros três parlamentares do PSDB devem votar no peemedebista.

Na Câmara, caso se confirme a eleição de Temer, a composição da Mesa Diretora deve ser a seguinte: o PT fica com a 1ª Vice-presidência e a 3ª Secretaria; a 2ª Vice-presidência vai para alguém do PR; e a 1ª Secretaria, para o PSDB. A 2ª Secretaria fica com o DEM, e a 4ª, com o PTB. Restaria definir a composição das comissões permanentes da Casa, o que será tratado após ser resolvida a situação da Mesa.

O voto para presidente nas duas Casas é secreto e por meio de urna eletrônica. O candidato que disputar a presidência da Câmara deve conseguir 257 votos, o que representa a metade mais um do total de deputados da Casa (513). No Senado, onde há 81 votos no total, ganha quem levar a metade mais um (41).

TEMPO DE SARNEY JÁ FOI ,DIZ SIMON

"Tempo do Sarney já foi", diz Pedro Simon




"Acho que o tempo do Sarney já foi. Ele ficou quatro anos na presidência do Senado, foi presidente da República.
Tem que haver uma renovação." A declaração não é de nenhum petista favorável à candidatura de Tião Viana (PT-AC) à presidência do Senado, mas do senador Pedro Simon (RS), do PMDB como José Sarney.


Perguntado sobre o que acha de Sarney disputar o Senado pela terceira vez - o maranhense já presidiu a Casa de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005 -, Simon não perde a deixa para ironizar o colega de legenda. "O Sarney não nasceu com aquilo virado pra Lua, ele nasceu com a Lua naquele lugar. Onde ele entra dá tudo certo pra ele."


A estocada de Simon é o round mais recente da antiga luta entre ele e Sarney. Em dezembro de 2007, o senador gaúcho bateu boca com o maranhense durante a reunião da bancada do PMDB que escolheu Garibaldi Alves (RN) para concorrer à presidência do Senado. Simon apresentou seu próprio nome para a disputa, mas foi preterido.


"Tenho sido discriminado no PMDB nos últimos dez anos. Sou discriminado pelo Lula, pelo líder do partido (senador Valdir Raupp RO) e pelo Sarney", reclamou Simon, à época. " Vossa Excelência é um franciscano, mas procede aqui de maneira diferente. Um franciscano não pode ser injusto", retrucou Sarney. "Sou franciscano e rezo por Vossa Excelência todo dia", rebateu Simon.


O revide verbal de Simon continuou. "Quando Sarney foi para o governo, pensei que o PMDB estivesse no governo, e não estava. Nunca ninguém me ofereceu nada aqui no Senado. Zero!"
Dois anos depois, o discurso de Simon não mudou muito. "O problema é que nem o (Michel) Temer nem o Sarney fazem barganha pro partido, Eles fazem barganha pessoal, pro grupo deles. Falta grandeza no comando do MDB nacional", disparou o senador gaúcho por telefone ao Terra, na última sexta-feira.


Apesar das alfinetadas, Simon garante ter boa relação com Sarney. "Nós nos damos muito bem", garante ele. Porém, ao ser perguntado qual é seu candidato para a presidência do Senado, desconversa: "eu vou ver o mar agora, coisa ruim eu vou deixar para segunda-feira".

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

POLÍTICA


POLÍTICA


O novo assessor de bancada do PMDB é tido como mais um reforço do governo no legislativo CARLOS ALBERTO tem transito livre e bom relacionamento com todas as lideranças do partido bem como com os secretários da atual administração facilitando muito a comunicação da bancada composta pelo vereador

RENATO DILMANN e pelo vereador LUDGERO MARQUES .

No ano de 2008 Carlos atuou na assessoria de imprensa da prefeitura aonde defendia que a comunicação deveria aproximar governo e comunidade ,por ser oriundo do setor de comunicação como repórter comentarista e colunista ganhou destaque por ter boas relações em todos os segmentos da imprensa local e do estado incluindo entidades representativas da sociedade no meio político é visto como um articulador que consegue ter uma boa comunicação importante para agregar entendimento e força política .

O PMDB ainda conta com a extrema competência do assessor do vereador LUDGERO MARQUES PROF. PAULO MECCA que era o titular da pasta na secretaria do planejamento no ano passado e acompanhou junto a sua secretaria ações importantes para o governo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O GOVERNO DE CARA NOVA


O GOVERNO DE CARA NOVA

NOVA EQUIPE DE GOVERNO DEMOSTRA NA PRATICA QUE REALMENTE VEIO PRA FAZER A DIFERENÇA .


SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO-CLAUDIO OSMÃ tem trabalhado muito para avaliar como um todo o governo tornando mais ágil e qualificado os serviços prestados a comunidade avaliando de forma profissional todas as praticas administrativas .

SECRETARIA ESPECIAL DE GOVERNO- ADÃO ALEDAR desempenha uma função de extrema importância junto ao gabinete para a desburocratização e para a agilidade de questões importantes para o município .

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO- ENDRIGO CUNHA ,diretor do departamento já esteve em BRASÍLIA na semana passada se enterando dos projetos analisando caso a caso para que o município ganhe tempo e consiga a captação de recursos com mais agilidade .

DEPARTAMENTO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO -CLÓVIS RODRIGUES diretor do departamento tem muito claro suas metas e objetivos tem demostrado na pratica que quem tem competência realmente faz acontecer e não cria desculpas para a ineficiência ,junto com sua equipe extremamente qualificada já inicia a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável buscando parceria com todos os setores da sociedade e trazendo junto muita inovação para uma politica publica de crescimento .

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO -JORGE JARDIM ,dentro de uma metodologia arrojada dedicada as questões da educação já inicia o ano com novidades. O novo secretario da educação homem publico de competência reconhecida reuniu uma equipe de profissionais comprometidos com resultados, que com certeza fara a diferença em uma das pastas de maior para nosso município

SECRETARIA DOS TRANSPORTES – VARLEI MAGALHÃES ,o secretario inciou seu trabalho da maneira correta vistoriando pessoalmente todas as necessidades de cada região do município , conversando com a comunidade ouvindo as pessoas, buscando soluções a curto prazo para atender o que é mais urgente ,mudando a sistemática de operacionalidade da secretaria e já projetando soluções definitivas para outros aspectos.

SECRETARIA DO DESPORTO E JUVENTUDE – VINÍCIUS ARAÚJO começando pela copa prainha e por outras atividades ligadas ao esporte junto com sua equipe o secretario começou o trabalho de forma comprometida .o departamento de juventude é coordenado por UILER DILMANN.

BANCADA DO PMDB NA CAMARA DE VEREADORES -formada pelos vereadores RENATO DILMANN lider da bancada e pelo vereador LUDGERO MARQUES lider do governo já iniciam o ano buscando colocar em pratica um trabalho direcionado a uma maior proximidade com a comunidade .

CARLOS ALBERTO BAPTISTA
ASSESSOR PARLAMENTAR
BANCADA-PMDB
CAMAQUÃ-RS

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

PMDB- PREFERÊNCIA NACIONAL


PMDB
PREFERÊNCIA NACIONAL

Para não serem contestados em sua autoridade, e em suas decisões políticas e econômicas, os militares decretaram o fim dos partidos políticos por meio do Ato Institucional no.2, de 21 de outubro de 1965. Permitiram a existência de apenas dois partidos, um da situação, denominado Arena (Aliança Renovadora Nacional) e outro de oposição, chamado MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Apelidado de “manda-brasa”. Criou-se, portanto, um sistema em que um dos partidos apoiava a ditadura e outro a contestava.
O primeiro presidente do MDB foi o senador Oscar Passos, do Acre. A fase mais combativa do partido teve início em 1971, quando o deputado Ulysses Guimarães assumiu sua presidência. Tornou-se nítido, para os emedebistas, que a forma mais eficaz de encerrar o regime militar seria pela disputa “eleitoral” da presidência da República dentro do chamado Colégio Eleitoral, integrado por parlamentares, e no qual a Arena detinha a maioria.

A PRIMEIRA BATALHA

Apesar da percepção de que o Colégio Eleitoral votaria, invariavelmente, no general de cinco estrelas indicado pela cúpula militar no poder, Ulysses Guimarães foi lançado, em 1973, “anti-candidato” à presidência da República. Nesse período, tanto Ulysses quanto o MDB experimentaram o crescimento de sua popularidade, ao conduzir uma campanha eleitoral nas ruas, o que jamais tinha acontecido desde 1964. Os generais nunca se preocuparam com esse tipo de campanha.
Em conseqüência do esforço eleitoral de Ulysses Guimarães, nas eleições de novembro de 1974 o MDB foi o campeão incontestável das urnas. Elegeu 15 dos 21 senadores e 165 dos 364 deputados federais.


A MAIOR VITÓRIA


O regime militar estava com os dias contados. Na tentativa de apaziguar a sociedade civil, cansada de autoritarismo, Figueiredo enviou ao Congresso, em novembro de 1980, projeto que restabeleceria as eleições diretas para governador, em todo o país, em 1982.
Essas eleições marcaram a vitória mais estrondosa do PMDB, que elegeu nove governadores, nos principais estados da Federação. Em São Paulo, Orestes Quercia surpreendeu mais uma vez, obtendo, sob pressão das bases do partido, a vaga de vice-governador, cargo para o qual foi eleito por larga margem de votos. Estava aberto o caminho para a derrubada da ditadura.
A terceira batalha para tirar os militares do poder, de novo liderada pelo MDB, agora denominado PMDB, também foi pacífica. Em toda a sua história, o partido jamais enveredou pelo caminho da luta armada. Em vez da violência das armas, adotou a contundência dos argumentos.
A votação da emenda – que ficou conhecida como a emenda das Diretas-Já ou emenda Dante de Oliveira – suscitou a formação do maior movimento cívico da história do país, de novo liderado pelo PMDB.


O POVO NA RUA


Unidos e determinados, os governadores e vice-governadores peemedebistas, liderados pelo deputado Ulysses Guimarães e contando com o apoio dos demais partidos da oposição, organizaram uma das maiores campanhas pelo restabelecimento da democracia em todo o mundo.


Mais de 150 comícios foram realizados, entre janeiro e abril de 1984, em grandes e pequenas cidades brasileiras, culminando com gigantescas manifestações no Rio de Janeiro e em São Paulo, com mais de 1 milhão de pessoas na rua pedindo Diretas-Já.
A emenda Dante de Oliveira foi derrotada, a 25 de abril, no Congresso Nacional, mas o PMDB não se deu por vencido. Iniciou, imediatamente, a quarta batalha para derrubar o regime militar, ao indicar candidato nas eleições indiretas, no Colégio Eleitoral.


O escolhido foi, desta vez, o ex-governador mineiro, Tancredo Neves. Filiado ao PP – Partido Popular, ele ingressou no PMDB para ser eleito, em outubro de 1984, por 480 votos contra 180 do oponente, Paulo Maluf, primeiro presidente da República civil desde 1964. Ainda que a votação se restringisse aos parlamentares, Tancredo realizou uma campanha eleitoral típica da democracia, com grandes comícios nos quais o povo o aplaudia como seu novo líder. Foi a única eleição indireta de presidente da República aprovada pela população.


Abatido por um quadro infeccioso, Tancredo Neves foi internado no hospital um dia antes da posse, abrindo caminho para seu vice, José Sarney, que trocara o PDS (ex-Arena), pelo PMDB, assumir a presidência da República a 15 de março de 1985. Morto a 21 de abril, Tancredo foi homenageado por verdadeiras multidões, em manifestação nunca vista desde a morte de Getúlio Vargas.


BATALHA DA CONSTITUIÇÃO


O PMDB ganhou a presidência da Câmara dos Deputados, com Ulysses Guimarães, ficou com 80% dos ministérios e obteve maioria entre deputados e senadores.
Nas eleições de 1986, o partido elegeu governadores em todos os estados, com exceção de Sergipe.
De novo, o PMDB liderou esse processo, colocando na presidência da Assembléia Nacional Constituinte, a 1º de fevereiro de 1987, uma lenda-viva, o deputado Ulysses Guimarães.
Ao defender mandato de cinco anos para José Sarney, Ulysses foi atacado por uma ala do partido que, insatisfeita e desejosa de imprimir um rumo neo-liberal ao país, abandonou o PMDB, fundando uma outra agremiação. Os que permaneceram firmes jamais cortaram seus laços com o sentimento e as reivindicações populares.
A força do maior partido brasileiro é uma constante nos momentos mais decisivos da nossa vida política. Em todos os governos, desde a redemocratização do país, os peemedebistas representam o fiel da balança que garante a governabilidade e a aprovação dos projetos de interesse popular, que sempre foram e sempre serão a maior bandeira do PMDB.


CARLOS ALBERTO BAPTISTA
ASSESSOR PARLAMENTAR
BANCADA-PMDB
CAMAQUÃ-RS

DEPUTADO MENDES RIBEIRO REUNE-SE COM ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS EM CAMAQUÃ .



DEPUTADO MENDES RIBEIRO REUNE-SE COM ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS EM CAMAQUÃ .


O Deputado Mendes Ribeiro reuniu-se na ultima sexta feira com presidentes de associações de bairros e lideranças comunitárias para a elaboração de projetos e captação de recursos direcionados as necessidades de cada bairro visando em primeiro lugar identificar as prioridades .participaram ainda da reunião o vereador Renato Dilmann representando a bancada do PMDB na camara de vereadores e colocou a disposição a assessoria de bancada do PMDB através do assessor parlamentar Carlos Alberto baptista para que as lideranças comunitárias tenham a partir deste momento um elo de ligação com o governo .


CARLOS ALBERTO BAPTISTA
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domingo, 11 de janeiro de 2009

MENDES RIBEIRO FILHO


Luiz Osellame - MTB 9500 Agência de Notícias 11:09 - 29/07/2008 Edição: Sheyla Scardoelli - MTB 6727 Foto: Banco de Dados da Câmara dos Deputados




Deputado federal está no quarto mandato

Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho, deputado federal pelo PMDB, filho de Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro e de Teresinha Rita Portanova Mendes Ribeiro, é advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e possui uma extensa atuação na vida pública.
Líder estudantil, vereador, deputado constituinte de 1987 a 1991 e deputado estadual de 1991 a 1995, secretário de Estado e deputado federal no quarto mandato, Mendes Ribeiro Filho carrega o legado de um pai ligado ao mundo da comunicação e que também trilhou carreira política.

Agência de Notícias – Que motivos o fizeram entrar na vida pública ?Mendes Ribeiro Filho – Acho que é uma questão genética. Acho que a participação pública do meu pai sempre me fez ligado a questões públicas, a minha cabeça não me pertence, ela pertence ao Estado, como pertence ao município, pertence ao País. Tudo o que crio não uso para ganhar dinheiro, mas para que as pessoas usufruam, através da melhoria do serviço público e para que se avance dia-a-dia. Eu sou um homem público.

Agência de Notícias – Qual a importância do seu pai e de outras pessoas para o seu ingresso na política? Mendes Ribeiro Filho - O pai foi importante para mim no que diz respeito ao sentido conceitual da vida pública.
O pai foi o conceito de política, como fazer política, o amor à verdade.
De todas as frases que ele disse, algumas conhecidas publicamente, e a que eu mais repito: “Mil vezes a verdade, meu filho, ela dói uma vez só, a mentira todos os dias”.
Quando eu disse que seria vereador, ele se surpreendeu. Mas tenho muitas pessoas que me ajudaram, como o doutor Celestino Duarte, de quem fui chefe de gabinete na Assembléia.
Quando me disseram que deveria ir para a carreira política, hesitei, não era aquilo que pensava para mim, pois estava concluindo o curso de Direito e cursando Jornalismo. O Mário Ramos foi importante no tocante à oratória e leitura, o Pedro Simon, o Antônio Britto, mas o meu pai tem importância fundamental no meu processo político.

Agência de Notícias – Como foi a sua experiência de vereador ?Mendes Ribeiro Filho – Acho que de todos os mandatos, todos foram de muito trabalho, mas na vereança fui presidente da Comissão de Justiça e líder da bancada e ainda ganhei o prêmio como o melhor vereador de Porto Alegre. Trabalhei muito como vereador e acho que foi a base para a eleição a deputado. Gostei muito de ser vereador de Porto Alegre.

Agência de Notícias – Como foi e o que significou ser parlamentar constituinte ?Mendes Ribeiro Filho - Tive a honra de ser o relator .
Eu escrevi a Constituição do Rio Grande do Sul . Foi uma coisa extremamente gratificante e vou levar isto para o resto da minha vida pública. Foi uma participação onde tudo tinha que ser buscado, o entendimento, acordo, caminho, diálogo. Graças a Deus tive sucesso na missão e fui auxiliado por pessoas extraordinárias como o meu amigo e irmão Carlos Araújo, o Athos Rodrigues, que não está mais entre nós, o Germano Bonow, José Fortunati, Sérgio Zambiasi, Jarbas Lima - que foi o meu presidente da Comissão de Sistematização. Tivemos pessoas extremamente lúcidas e um Parlamento muito qualificado para a missão a ser desempenhada.

Agência de Notícias – A constituinte era parte do aprendizado para a vida democrática?Mendes Ribeiro Filho - As pessoas precisam entender que o Parlamento de hoje é diferente do de ontem, e assim será sempre.
Nós teremos etapas de cultura política diferentes, de modelos políticos diferentes e isto influi na qualidade do Parlamento, na ação e na forma do Parlamento se posicionar.
Antes da Constituição nós tínhamos um Parlamento elitizado, depois passamos a ter um Parlamento mais representativo, mais segmentado.
Na medida em que formos avançando no modelo democrático e votando, nós vamos aperfeiçoando.
E à medida em que as nossas instituições forem fortalecidas iremos crescer politicamente. Aí nós teremos a cultura política aliada à representatividade e estaremos prontos para caminhar rumo à uma democracia aperfeiçoada.

Agência de Notícias – Como foi a sua experiência como deputado estadual ?Mendes Ribeiro Filho - Na Assembléia assumi a liderança do governo Simon e continuei líder do governo Guazzelli. Na eleição seguinte passei de vigésimo primeiro a terceiro mais votado e assumi a liderança da bancada do PMDB, onde fiquei por quatro anos.
As pessoas diziam que o PMDB não participava do governo. Acho participar de governo um erro, pois quem tem que governar é quem foi eleito para isto.
Durante o governo Collares eu o ajudei como líder, sempre pensei no espírito público, assim como a minha bancada, nunca precisamos participar de governo nenhum. O que mais me orgulho é do apoio de quase todos os deputados estaduais na minha eleição à Câmara Federal e muitos permanecem comigo até hoje.
Fiz uma liderança extremamente construtiva, era a minha forma de ser, trabalhar para o conjunto e não me preocupava muito com o número de emendas e projetos. Eu sempre tive muita facilidade com o processo legislativo.
O processo legislativo é muito interessante, pois você pode intervir, pegar um projeto do Executivo e mudar o projeto conforme o interesse da sociedade. Isso é maravilhoso, e aí está a intervenção do parlamentar. Sempre trabalhei muito em plenário, com uma atuação forte.
Eu era um especialista em resolver as coisas. Quantas soluções nós fizemos daqui ? Durante o período do governo Guazzelli nós fazíamos uma reunião por semana dos líderes com o governador e definíamos toda a pauta da semana. A reunião de Mesa, que hoje é dos líderes com o presidente, era na época entre os líderes e o governador.

Agência de Notícias – Que projeto seu apresentado na Casa o senhor mais preza? Mendes Ribeiro Filho – O projeto que reputo dos mais importantes foi aquele que tratava da questão da aposentadoria, que não consegui aprovar.
Mas hoje eu vejo todo o país usar. Me lembro que o Celso Bernardi dizia que a minha idéia era muito boa mas que levaria vinte anos.
Hoje já se passaram os vinte anos e nós teríamos outra situação pública, outra situação política.
Nós estabeleceríamos um marco, como ocorreu na Constituição com a lei da Previdência, deixaríamos para os que estavam, uma situação e criaríamos uma situação completamente nova a partir da constituição do Estado.
Isto foi em 1989, vinte anos atrás. Foi um debate muito importante, mas que pouca gente compreendeu e tive muita oposição ao projeto por causa do serviço público.
Hoje o serviço público sabe que eu estava com a razão. Era um caminho muito bom e oportuno para o Estado.

Agência de Notícias – Quais eram os debates mais acalorados da Assembléia no período em que o senhor foi deputado estadual?Mendes Ribeiro Filho - A questão das emancipações provocou um grande debate na Casa.
Quando comecei a fazer política o Rio Grande do Sul tinha 232 municípios e a emancipação mostrou que este era um caminho viável. Nós aumentamos a participação do Estado no Fundo Nacional de Participação dos Municípios, oportunizamos que distritos crescessem , que as pessoas recebessem atenção. Outros debates como a questão do serviço público e da pesquisa científica também foram muito importantes. Rejeitamos o aumento de impostos proposto por Alceu Collares, com o voto de minerva do presidente da Casa, Cezar Schirmer.
A questão funcional do Rio Grande era um grande debate, plano do magistério, da Brigada Militar. Era um momento muito forte das corporações.

Agência de Notícias – Que parlamentares marcaram a sua passagem pelo Parlamento gaúcho? Mendes Ribeiro Filho – Aqui nós não tínhamos disputa política. Nós trabalhávamos diferente, eu nunca tive inveja, eu não sabia o que era disputa, eu nunca disputei voto na minha vida.
Acho a disputa de voto medíocre, pois tem voto para todo mundo e cada um tem a sua característica.
Eu tinha amigos e uma relação extraordinária na Assembléia. Se eu deixar um de fora ele vai ficar bravo comigo, pois é meu amigo também. Na bancada do PMDB todos se transformaram em meus cabos eleitorais, Antonio Lorenzi, Gilberto Mussi, Constantino Picarelli, Germano Bonow, Beto Albuquerque, Porfírio Peixoto, Algir Lorenzon, Glênio Scherer, o Zambiasi que está no Senado.

Agência de Notícias – O Parlamento gaúcho foi uma boa escola para a sua trajetória política?Mendes Ribeiro Filho – Eu acho que na política é fundamental a experiência que tive na câmara de vereadores, na Assembléia Legislativa, na Câmara dos Deputados e nas três vezes que ocupei secretarias de estado. Acho que as pessoas não aprendem a conviver com o estado de repente, pois ele é muito complexo. As pessoas tem que saber como o estado é na sua engrenagem. Eu não caí de pára-quedas dentro do estado, foi a vida pública que oportunizou este conhecimento. A Assembléia me propiciou todo o debate sobre a Constituição estadual e, para escrever, eu tinha que saber.

Agência de Notícias – Como foi a sua participação no Executivo estadual ?Mendes Ribeiro Filho - Depois de líder da bancada do PMDB houve uma disputa impressionante no meu partido entre o meu pai e Antônio Britto, e eu coordenei a campanha do “velho”. Meu pai perdeu na convenção e nós sabíamos que íamos perder; ele tinha a sua forma de ser e por isso ele era o Mendes Ribeiro. Meu pai tinha posturas fortes, posições fortes, pensamentos dele e perdemos a prévia. O Britto foi o candidato, ofereceram ao pai o Senado, mas ele não quis. Acredito que meu pai tivesse durado mais, não tivesse morrido tão cedo se fosse senador. Britto ganhou a eleição, fui chamado por ele para ocupar a Secretaria de Minas e Energia, mas acabei sendo secretário de Obras Públicas. Um ano depois ele me convocou para a Casa Civil. Acabei construindo uma relação extraordinária com o Britto, e foram anos fundamentais na minha vida pública aqueles na Casa Civil.

Agência de Notícias - O que o motivou a concorrer à Câmara Federal ? Mendes Ribeiro Filho – Meu pai dizia, Jorge, aquilo lá é para ti. Quando ia a Brasília visitar meu pai ele dizia isso e alguns amigos dele também diziam. Esta proliferação de partidos políticos aviltam o Parlamento. Você precisa que vinte partidos opinem sobre cada matéria, encaminhamento de líder, e para votar alguma coisa se leva duas horas, imagina então o tempo que se gasta para “costurar”. A pior coisa que fizeram para a democracia brasileira foi o fim da cláusula de barreira. Nós teríamos seis partidos políticos, os partidos já estavam se fundindo e lá na Câmara tudo já estava adaptado e seria uma beleza. Considero que houve uma interpretação do Judiciário diferente da realidade. A letra fria da lei pode até trazer razão para o Judiciário, mas a letra do óbvio, do bom senso era aquilo que o povo e a política brasileira presisavam.

Agência de Notícias – O Rio Grande está bem representado em Brasília?Mendes Ribeiro Filho – Acho a bancada gaúcha extraordinária. Acho os nossos quadros excepcionais e tenho muito orgulho de participar desta bancada. Precisamos ter unidade e para isso, durante o período em que fui líder da bancada gaúcha, trabalhei e plantei isso.

Agência de Notícias – Quais são os avanços da vida parlamentar brasileira?Mendes Ribeiro Filho – A própria representatividade do Parlamento. Que as pessoas abram o olho com o discurso, e que discurso não significa absolutamente nada.

Agência de Notícias – Que avaliação o senhor faz da história política brasileira das últimas décadas? Mendes Ribeiro Filho – Tudo é importante, mas nós vamos avançar na maturidade política, no fortalecimento das nossas instituições. Que as pessoas entendam que o Parlamento é vital e que o voto é fundamental. Que isto nos leve ao voto consciente. Acho a ditadura dos partidos políticos um perigo, pois eu confio no voto do cidadão. Precisamos ter uma imprensa responsável e uma liberdade de imprensa cada vez mais forte, onde as pessoas respondam pela opinião errada.

Agência de Notícias – Quais são as perspectivas para o Brasil e para o Rio Grande ?Mendes Ribeiro Filho – Estamos num processo em que cada dia avançamos.

JORGE ALERTO BECK MENDES RIBEIRO


JORGE ALBERTO BECK MENDES RIBEIRO
por
MARLENE GARCEZ MENDES RIBEIRO



A história do rádio no Rio Grande do Sul se confunde muitas vezes com a trajetória de Jorge Alberto Beck Mendes Ribeiro. Nascido em 1929, começou sua carreira na Rádio Gaúcha, em 1951. Seu estilo logo foi ganhando espaço e levando-o a evoluir na profissão.
Suas narrações esportivas marcaram época, em um momento em que a Rádio Guaíba, fundada inclusive por Mendes Ribeiro após ter saído da Gaúcha , foi uma das precursoras na transmissão de copas do mundo, tendo por exemplo, transmitido a primeira conquista brasileira, em 1958, na Suécia.
Após sua volta para a Gaúcha em 1963, Mendes Ribeiro foi o primeiro apresentador do programa Atualidade, transmitindo-o direto de Brasília, na época em que era Deputado Federal.
Enquanto apresentava o programa, participava também do Jornal do Almoço e escrevia crônicas no jornal Zero Hora. As mesmas crônicas eram apresentadas no programa, momento em que ele, para criticar a política e a sociedade, criou o personagem Zé, que representava o povo.
Mendes Ribeiro faleceu em julho de 1999, dias antes de completar 70 anos. Para contar a sua trajetória, o projeto Vozes do Rádio entrevistou a viúva Marlene Garcez Mendes Ribeiro, no dia 24 de setembro de 2002.
Marlene viveu 37 anos com Mendes Ribeiro e falou sobre o início da carreira dele, quando fazia locução em quermesses, na antiga Voz do poste.
Desde o início, Mendes Ribeiro manteve sua postura firme na política. Marlene descreve na entrevista(lendo o trecho de um texto do jornalista) as posições do marido perante Getúlio Vargas, quando o presidente fez uma visita ao Rio Grande doSul.Marlene contou sobre o período em que Mendes Ribeiro cursou jornalismo na PUCRS, e ainda, a criação da Rádio Guaíba.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

SECRETARIA DE ESPORTES E JUVENTUDE


A SECRETARIA DE DESPORTO LAZER E JUVENTUDE


iniciou a todo vapor o novo secretario dos esportes VINICIUS ARAUJO (PMDB) que nas ultimas eleições concorreu a vereador com uma votação de 1170 votos o novo secretario inicia seu trabalho com idéias inovadoras e ouvindo as reivindicações da comunidade em relação a projetos na área do esporte, já nos primeiros dias alem de acompanhar o campeonato do cruzeiro no interior do município já organiza o campeonato da prainha que deve iniciar no dia 13 deste mês.os segmentos da sociedade envolvidos com o esporte já vêem o novo secretario com entusiasmo pois Vinicius desde que assumiu a secretaria tem dado a atenção merecida as pessoas, pois o esporte em todos os segmentos precisa ser incentivado não só mente no futebol mas sim como um todo buscando a inclusão social da sociedade. o novo secretario já vê a possibilidade da implantação de projetos nas áreas de atletismo e de outras modalidades que venham de encontro com a vontade e a grande expectativa da comunidade .na primeira semana de governo já busca reorganizar a secretaria e montar sua equipe de trabalho que segundo ele tem por principio estar focada diretamente em resultados , VINICIUS que vem da secretaria de agricultura aonde fez um excelente trabalho agora coloca todo seu entusiasmo e competência voltados para o esporte em camaqua e conta com o apoio da comunidade e do governo como um todo .


O DEPARTAMENTO DA JUVENTUDE


Sob a responsabilidade de UILER DILLMANN (PMDB) inicia junto com a secretaria de desporto e lazer o departamento de juventude. O novo departamento vem de encontro ao compromisso do prefeito ERNESTO MOLON (PMDB)em criar um departamento especifico para desenvolver projetos direcionados a juventude sendo que o governo já tem ações voltadas para a juventude que são desenvolvidas por secretarias como a ação social ,educação,esporte entre outras ,mas o departamento ira agregar muito para desenvolver um trabalho direcionado para a juventude o governo municipal tem muito claro a importância da aplicação de uma política publica eficiente neste sentido .o novo departamento vai contar com o apoio de todas as secretarias do governo ,com projetos já existentes do governo federal e do governo estadual . UILER DILLMANN já no final do ano passado esteve reunido com lideranças estaduais buscando apoio bem como visitou a secretaria da juventude em porto alegre .


"Convém a cada homem lembrar que o trabalho do crítico, é de importância completamente secundária, e que, no final, o progresso é realizado pelo homem que faz as coisas."
THEODORE Roosevelt

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

PEDRO SIMON


ENTREVISTA MAIS DE 50 ANOS DE HISTÓRIA POLÍTICA
Fui muito mais crítico do governo de FHC do que sou de Lula"

Jornal do Senado 15 a 21/12/2008Geraldo Sobreira

Pedro Simon (PMDB-RS) completa, em janeiro, 79 anos. Destes, conta mais de 50 na política.
No Senado, já está no quarto mandato – foi eleito senador pela primeira vez em 1978. Seus discursos, que expõem essa vasta experiência, trazem a marca da formação em Direito, da religiosidade (ele é católico franciscano) e da militância pela democracia.
Muitos desses discursos foram reunidos no livro Reflexões para o Brasil do século XXI, lançado em novembro.
A seguir, Simon fala sobre o livro e sobre a proposta de prévias nas eleições para presidente. Também lembra momentos marcantes, como quando leu em Plenário mensagem à mãe do menino João Hélio, assassinado no Rio de Janeiro.

O senhor defende a escolha dos candidatos à Presidência da República em eleições primárias, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. Como esse processo poderia ser implantado no Brasil?

Pedro Simon – Primeiro, analiso dentro do meu partido. Há dois anos o PMDB teve uma vitória espetacular, elegeu a maioria dos governadores, maioria dos deputados estaduais, federais e maioria dos senadores. Mas, apesar de termos vários nomes dentro do partido, não tivemos candidato à Presidência. O PMDB oficialmente não apoiou nem o Lula nem o candidato do PSDB [Geraldo Alckmin].

O senhor entende que o PMDB deve ter uma candidatura própria?

Não falo em candidatura própria do PMDB, porque posso fazer o jogo do [presidente do PMDB, Michel] Temer e companhia, que assim poderiam dizer que o Simon tem candidatura própria e vão negociar mais cargos, mais ministérios. O comando do PMDB é uma desgraça, não merecíamos isso. Então defendo uma prévia para que o PMDB decida se vai com o PT ou com o PSDB.

Em Plenário, o senhor já propôs uma campanha com debates dos candidatos a candidatos. Como seria?

O PMDB indicaria seu candidato: por exemplo, o governador do Rio, Sérgio Cabral, ou o Jarbas Vasconcelos; o PDT já tem: Cristovam Buarque; o PSB, o Ciro Gomes. Vamos dizer que o PT indique a Dilma [Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil]. A idéia é que esses candidatos percorram o Brasil em debates sobre suas propostas de governo para o Brasil.

Essa é a forma de começar na prática a instituição das primárias no Brasil?

É. O PSDB já encaminhou uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre a realização de prévias para escolher seu candidato, pois eles têm o governador José Serra e o governador Aécio Neves como candidatos à Presidência. O argumento deles é que lá pelas tantas as prévias podem apresentar problemas com a legislação de propaganda eleitoral. Eu sei que não há esse problema porque o PMDB já fez prévias.

Mas qual a diferença entre essa prévia e sua nova proposta?

Uma coisa é a prévia dentro de cada partido, a outra é minha proposta de fazer um grande entendimento fruto desse debate nacional em vez de a cúpula do PMDB decidir se vai apoiar o PT ou o PSDB.

Então o senhor propõe que primeiro cada partido faça prévias para escolher seu candidato e depois os partidos que apóiam o governo decidam em debate nacional quem será o candidato da situação?

Exatamente. Porque agora, depois de participar de cinco eleições, o Lula não pode ser candidato. O PT não tem candidato natural. O Lula está indicando a Dilma, de quem eu gosto muito, uma bela pessoa. Mas ela não é candidata natural. Por isso dentro do PT fala-se em prévia. É muito mais fácil a Dilma sair candidata do PT participando de uma prévia do que sem prévia, pois, na prévia, ela vai ter a chance de mostrar nos debates quem ela é e assim ganhar o apoio da maioria do seu partido.

O senhor é um político independente tanto em relação à cúpula do seu partido quanto em relação aos governos, tendo criticado tanto Lula quanto Fernando Henrique Cardoso. Uma das suas críticas ao governo FHC foi o preço da privatização da Vale (antiga Vale do Rio Doce).

Fui muito mais crítico ao Fernando Henrique do que ao Lula. Eu era líder do [governo] Itamar [Franco] e continuei líder do governo Fernando Henrique no Senado até que ele vetou a criação da CPI das Empreiteiras.
Uma das minhas principais críticas ao governo Fernando Henrique foi quanto ao processo de privatização. A privatização da Vale foi uma doação da empresa pública a um grupo privado. Fernando Henrique vendeu a Vale por menos do que o governador do Rio Grande do Sul, Antônio Brito, vendeu a Companhia de Energia Elétrica do Estado [CEEE]. Essa companhia elétrica era uma das empresas mais endividadas do Brasil. Temos uma ação no Superior Tribunal de Justiça contra a privatização da Vale.

Durante o governo Fernando Henrique, houve um movimento de privatização da Petrobras e do Banco do Brasil?

Mas o Congresso reagiu e Fernando Henrique mandou uma carta aberta ao Congresso se comprometendo a não privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil. A carta foi resultado de um acordo para que o Congresso aprovasse a retirada do monopólio estatal do petróleo da Constituição.

E agora como fica a exploração do petróleo do pré-sal?

Não podemos deixar o controle do petróleo do pré-sal com a Petrobras. Essa empresa hoje é uma companhia nacional, mas a maioria das ações, dos donos, é formada por estrangeiros, principalmente americanos. O capital é estrangeiro. Não são eles que decidem, mas são eles que ganham o dinheiro do nosso petróleo. Por isso não podemos deixar o pré-sal com a Petrobras, pois assim vamos enriquecer esses acionistas da Petrobras.

O senhor defende a criação de outra empresa para exploração do pré-sal?

Não. Defendo a criação de uma empresa para o controle do pré-sal e a Petrobras pode ser contratada por essa empresa para exploração, perfuração de poços etc.
Na introdução do seu livro, o senhor fala da história de Mário José Josino, morador de uma favela em São Paulo, que no caminho para casa foi parado por uma blitz policial, espancado e morto em 1997 por um soldado chamado Rambo.
O senhor considera que atualmente a situação é diferente em matéria de violência policial?

Infelizmente essa ainda é a realidade no Brasil. A polícia bater no preso para fazê-lo confessar um crime é fato desde antes da ditadura, embora durante a ditadura tenha piorado. Quando eu estava na faculdade de Direito, nós tínhamos um programa de assistência judiciária gratuita, nós íamos à penitenciária oferecer assistência judiciária aos coitados que não tinham nada para contratar advogado. Então desde aquela época havia isso, quer dizer: democracia, plenitude democrática etc. Então isso não mudou.

Então a tortura na cadeia para pobre continua?

Por isso me revoltei com o escândalo que fizeram porque algemaram o banqueiro Daniel Dantas. A casa quase veio abaixo porque algemaram o banqueiro. O escândalo era só porque ele era banqueiro, rico. Então eu disse: "Mas eu não estou entendendo por que esse escândalo; prisão com algemas acontece todo dia e ninguém se revolta. Por que agora? Só porque ele é rico, banqueiro?"
No seu livro há a "Carta a Rosa Cristina" [mãe do menino João Hélio, morto no Rio de Janeiro].
Como e por que essa carta teve tanta repercussão?

Primeiro porque o número de pessoas vítimas de violência é muito maior do que se imagina: gente que foi assaltada, que perdeu um filho ou que foi torturada.
Os casos como o de João Hélio, que viram notícia, chamam a atenção, mas todo dia alguém é vítima de violência.

Quando se fala na insegurança das cidades, se fala em polícia corrupta ou polícia mal paga, mas em Brasília, por exemplo, temos uma das polícias mais bem pagas do Brasil e há insegurança até no Plano Piloto, onde as pessoas são assaltadas às 8h da noite em frente a um bloco residencial. Como explicar isso?

A corrupção, a bandalheira, existe muitas vezes porque a polícia é mal paga, embora na vida pública brasileira os mais bem pagos são os que roubam mais. Mas a tortura e a violência não têm nada a ver com isso. O pobre coitado que é torturado não entra nem na Justiça. Mas o senhor banqueiro entra com dez habeas corpus, tem 40 advogados etc. O que acho interessante é que no caso de Daniel Dantas trocaram o delegado, trocaram o procurador e continuam a chegar às mesmas conclusões.